Olá, querida leitora!
Quem me acompanha há algum tempo sabe que eu sou uma defensora do parto normal. Nos meus canais de comunicação, eu tenho mostrado de muitas formas como essa via de parto favorece a mãe e o bebê. Mas em alguns casos surge a dúvida se é possível realizar o parto normal, como, por exemplo, no caso de uma gravidez de risco.
Um parto memorável
Há alguns dias, eu recebi uma paciente gestante de 36 semanas. O feto estava com restrição de crescimento, baixo peso. Ela chegou no hospital com a pressão arterial altíssima, marcando 180×110.
Então, fizemos uma avaliação da vitalidade fetal, para conferir como estava o bebezinho e optamos por iniciar uma indução ao parto. Essa era a melhor escolha naquele momento, tanto para a mãe, quanto para o bebê.
Tomamos os devidos cuidados, com vigilância materna e fetal rigorosa e o resultado não poderia ser mais perfeito! Pedro nasceu às 00h02, de um parto normal lindo!
Parto Normal sim!
Uma gestação de risco pode, sim, terminar em um parto normal.
Vamos derrubar esses estigmas e mudar nosso pensamento sobre essa via de parto. Como sempre venho dizendo, a natureza feminina se encarrega de proporcionar a força e os estímulos necessários para esse trabalho.
Não podemos negar que dar à luz naturalmente é desafiador, mas num caso como esse, o de gravidez de risco, o parto normal é, inclusive, a via preferencial, oferecendo menos chances de complicações para mãe e bebê.
Como funciona?
Se você ainda tem dúvidas, vou te contar como funciona o nosso atendimento para casos como esse.
- 1. Avaliação Individualizada:
- Realizamos uma avaliação minuciosa, considerando o histórico médico, condições da gestante e do feto, para determinar a segurança do parto normal.
- 2. Apoio Contínuo:
- Oferecemos suporte integral durante o pré-natal, estabelecendo uma relação próxima com a gestante. O acompanhamento constante permite antecipar e gerenciar possíveis complicações.
- 3. Respeito ao Tempo do Corpo:
- O parto normal respeita o ritmo natural do corpo, reduzindo intervenções desnecessárias. Em casos de gestação de risco, permitir que o processo se desenrole naturalmente pode ser mais benéfico do que intervenções precoces.
- 4. Menor Tempo de Recuperação:
- O parto normal, quando possível, geralmente oferece uma recuperação mais rápida para a mãe, essencial em casos de gestação de risco, facilitando a adaptação pós-parto.
- 5. Estímulo à Amamentação:
- O contato pele a pele e a liberação natural de hormônios durante o parto normal podem facilitar o início da amamentação, promovendo benefícios cruciais para a saúde do bebê e da mãe.
- 6. Redução do Risco de Cesárea Futura:
- Optar pelo parto normal, quando seguro, pode diminuir o risco de cesáreas em futuras gestações. Isso é especialmente relevante ao considerar a saúde a longo prazo da gestante.
- 7. Intervenções Oportunistas:
- Intervenções médicas são realizadas apenas quando necessárias, minimizando o estresse adicional à gestante e ao bebê. A abordagem é cuidadosamente planejada para garantir a segurança de ambos.
- 8. Empoderamento da Gestante:
- Ao escolher o parto normal, mesmo em casos de risco, buscamos empoderar a gestante, envolvendo-a nas decisões e promovendo um ambiente de confiança e apoio.
Agora é com você
Se você está lendo esse artigo, provavelmente você é uma gravidinha que tem dúvidas ou conhece uma, estou certa?
Se você está grávida, meu papel aqui é te orientar sobre o melhor caminho nessa jornada da maternidade, por isso reforço eu incentivo de que você se desafie ao parto normal. Mas, também ressalto a importância de um bom acompanhamento pré-natal e profissionais capacitados ao seu lado nesse momento, garantido a sua segurança e do seu bebe.
Se você conhece uma gravidinha, compartilhe esse conteúdo com ela, tenho certeza de que será bem esclarecedor.
Com carinho,
Dra. Aline Diniz