Olá, querida leitora!
Nosso assunto desta vez é algo que pode afetar qualquer mãezinha e nem sempre os sintomas são identificáveis: a diabetes gestacional.
O que acontece com o corpo?
As mãezinhas que já tinham diabetes antes da gravidez não entram nessa classificação, sendo uma condição temporária durante a gestação. É, muitas vezes, assintomática e desaparece depois do parto, mas algumas mulheres podem desenvolver a diabetes tipo 2 após a gravidez.
Trazendo uma rápida explicação para não ficar dúvidas, a insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas, responsável pela manutenção do metabolismo da glicose.
Em outras palavras, ela ajuda no transporte do açúcar no sangue (glicose) para as células do corpo onde será usado como energia. O deficit desse hormônio quebra o ciclo que deveria acontecer.
Durante a gravidez, o corpo da mulher passa por muitas mudanças, especialmente em seu equilíbrio hormonal. Nesse contexto, a placenta é fonte de hormônios que reduzem a ação da insulina, levando o pâncreas a aumentar a sua produção.
Em algumas mãezinhas essa compensação não acontece, gerando a diabetes gestacional.
Causas, sintomas e tratamentos
Há diversas causas que aumentam o risco de ocorrência:
- Mulheres que engravidam acima do peso ou ganham mais peso na gestação.
- Gravidinhas que passaram por gestações de bebês que nasceram com mais de 4 kg.
- Presença da síndrome dos ovários policísticos.
- Mulheres que fazem uso de corticoides.
- As mãezinhas que tiveram diabetes gestacional em outra gravidez.
Listei alguns sintomas que podem surgir, mas como já conversamos, a maioria dos casos são assintomáticos:
- Aumento do apetite.
- Ganho de peso (na gravidinha ou no bebê).
- Boca seca.
- Náuseas.
- Maior vontade para urinar.
- Visão turva.
- Muita sede.
- Infecções urinárias frequentes.
O tratamento tem como base a alimentação saudável, atividade física e acompanhamento dos níveis de glicemia no sangue.
Um bom plano de ação é fracionar as refeições ao longo dia, substituir gorduras e priorizar as frutas, verduras, legumes e alimentos integrais. O exercício moderado, se não houver contraindicação, também é muito importante!
Caso o quadro de altos níveis de glicose não mude, é possível indicar a aplicação de insulina.
É preciso fazer o tratamento!
Por conta de sua natureza assintomática, algumas mãezinhas podem ficar sem esse cuidado necessário, mas se não for tratada, a diabetes gestacional gera problemas não só para a gestação, mas para o bebê.
O excesso de glicose no sangue da mãezinha atravessa a placenta e chega a ele, fazendo que seu pâncreas produza uma quantidade grande de insulina.
A insulina também é um hormônio que estimula o crescimento e a ganha de peso, por isso, o bebê pode crescer de forma excessiva, geralmente para mais de 4 kg, aumentando as chances do parto por cesariana.
Como agir?
O melhor caminho sempre é uma rotina saudável antes e durante a gestação. O pré-natal é essencial nesse processo, pois assim podemos identificar se esse é o caso da gravidinha.
Se esse é seu caso, respire fundo e vamos juntas em busca da jornada mais saudável para você e seu bebê. Conte comigo! Todas as mãezinhas encontram desafios em suas jornadas, mas podemos vencer cada um deles juntas.
Com carinho,
Dra. Aline Diniz