Olá, querida leitora!
Hoje vamos conversar sobre um assunto que desperta medo e insegurança: a violência obstétrica. Como uma profissional comprometida a cuidar das mamães com amor, empatia e atenção, é muito importante trazer esse alerta!
O que é violência obstétrica?
Essa é a denominação para maus tratos, abusos e desrespeito sofrido por mulheres durante a gestação, no momento do parto ou no período pós-parto. Infelizmente, aproximadamente uma em cada quatro mulheres no Brasil já sofreu desse mal.
As circunstâncias para que essas violências aconteçam, muitas vezes, estão associadas ao estado civil, menor renda, ausência do companheiro, separação precoce do bebê após o parto, entre outros fatores.
Principais ocorrências
É uma triste realidade, mas as violências podem acontecer de várias formas. Precisamos ficar atentas, por isso listei aqui as principais ocorrências:
- Realização de intervenções e procedimentos médicos não necessários.
- Intervenção não concedida ou não aceita com informações parciais.
- Ameaças durante o parto.
- Cuidado indigno e abuso verbal.
- Cuidado não confidencial/privativo.
- Discriminação com base na idade, etnia e classe social.
- Tratamento ríspido pelos profissionais de saúde
- Recusa de atendimento.
Formas de prevenção
O Brasil ainda não conta com uma lei específica para proteção de mulheres nesse contexto, apenas algumas portarias e leis que falam de práticas específicas, por isso quero que você conheça todas as formas de se proteger!
Uma das leis que temos que pode ser muito importante para as mamães é a garantia da presença do acompanhante. Seja na rede pública ou privada, a gestante tem o direito de exigir a entrada de uma pessoa, o que pode evitar algumas violências. Não aceite ficar sozinha!
Outra forma de prevenção é começar traçando um plano de parto junto ao obstetra que inclua todas as informações a respeito dos procedimentos que podem ser realizados. Estar informada pode gerar mais tranquilidade e segurança, ainda que nem todos os procedimentos sejam necessários no momento do parto.
Converse com a equipe médica, busque conhecer o hospital e tirar todas suas dúvidas para se ambientar bem antes dos momentos mais delicados do nascimento.
Após o parto, você pode solicitar a cópia do prontuário médico. Esse documento conterá todas as informações sobre os procedimentos realizados e pode ser muito importante em caso de violência obstétrica.
Fui vítima, e agora?
Se você passou por isso, eu sinto muito, mas quero dizer que você não está sozinha! Vamos buscar justiça.
Sei que esse processo gera um medo, mas a denúncia pode ser realizada até por telefone, por meio dos canais 136 (Disque Saúde) e 180 (Serviço de atendimento às mulheres vítimas de violência). É nesse momento que o prontuário vai fazer diferença.
Não se esqueça, é por meio de denúncias que vamos expor criminosos e gerar um ambiente mais acolhedor para o futuro!
Conte comigo!
Minha missão de vida é criar o ambiente mais seguro e humanizado para esse momento tão especial para as famílias! Essa jornada começa antes do momento do parto, quando conversamos, tiramos dúvidas e oferecemos todo o apoio necessário.
Com muito amor, carinho e cuidado essa experiência tão preciosa não ficará marcada pela violência, pelo contrário! Será marcado pela alegria do nascimento.
Com carinho,
Dra. Aline Diniz
